Segundo
Reale, o neopositivismo pontua a indissociabilidade entre a filosofia e o saber
empírico. A filosofia é o saber formal, a ciência é o saber material. Uma
estrutura o que a outra adquire. Uma cataloga o que a outra conquista.
Para
a Escola analítica de Cambridge e para o Círculo de Viena, filosofia não é
senão faina metodológico-científica das ciências, a esclarecê-las e
purificá-las de pseudo-problemas.
Para
Wittgenstein, o objeto da filosofia é a clarificação lógica dos pensamentos. A
filosofia não seria uma teoria, mas uma atividade. Um trabalho filosófico
genuíno consistiria, essencialmente, em elucidações. O resultado da filosofia
não seriam as proposições filosóficas, mas o esclarecimento das proposições da
linguagem comum e das outras linguagens específicas.
Nesta
perspectiva, a Filosofia não teria de fazer indagações sobre o ser, pondo ou
alimentando problemas metafísicos, dos quais não seria possível dizer que são
verdadeiros ou falsos, mas apenas destituídos de sentido.
A
negação das possibilidades da filosofia não pára por aí...
Para
Hans Reichenbach, inexistem verdades morais. A moral consiste em normas, cujo
juízo é de valor e não de fato. Elas valem ou não valem, e pronto.
Neopositivistas
negam o juízo sintético a priori. Dizem que juízos lógico-matemáticos são
formais, analíticos. Já os juízos morais e metafísicos seriam hipotéticos,
passíveis de verificação quando dotados de sentido.
Althusser,
por sua vez, embora não seja um neopositivista, reduz a filosofia a uma investigação das leis do pensamento. Uma
anatomia do processo de pensar, de
modo remotamente semelhante ao que Kant propunha, com sua anatomia dos processos
de conhecer, querer e julgar.
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