Em
Spencer, um dos expoentes do Positivismo em sua primeira versão, a ciência é
saber particularmente unificado e a filosofia é saber totalmente unificado.
Sua
diferença, portanto, não seria de natureza, mas de grau.
A
ciência seria um saber de fatos e relações entre fatos, em perspectiva
unidimensional, fazendo da abstração da pluridimensionalidade a sua
justificativa, a sua restrição a um só objeto ou campo.
A
filosofia seria a composição unitária destas pesquisas plurais, um saber de
princípios sobre fatos, e de relações entre relações, em perspectiva
pluridimensional, fazendo da consideração da pluridimensionalidade a sua
justificativa, a sua não-restrição a um só objeto ou campo.
Na
Idade Média, a Teologia era o limite da Filosofia, o limite negativo. O alcance
da Filosofia terminaria onde começava a Teologia.
Hoje, o limite é a ciência, de cujas conclusões deve partir o filósofo, para os
adeptos desta forma de ver. Refletir sobre os conhecimentos científicos, integrá-los,
organizá-los, relacioná-los, purificá-los – eis a missão do Filósofo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário