Dialética da Duração (Resumo) - Cap 2 - A Psicologia dos Fenômenos Temporais

I

1. Janet: saber é sempre ensinar. Inclusive a si.

2. Conhecimento puro do tempo: não intuição imediata e pobre, mas exposição, ensino.

2.1. O tempo é o que se sabe dele.

3. Comportamento duplo ante o tempo: obstáculo ou auxílio.

3.1. Duração vazia e instante realizador. Dissolução ou consciencia.

4. Recordação: ancora no presente, ondulação de felicidades e dores. Não duração lisa.

4.1. Acontecimentos decisivos, não duração desperdiçada.

4.2. Distinção entre a lembrança do seu passado e da duração de si.

5. Conhecimento da duração futura: programa das ações previstas.

5.1. Impossibilidade da concepção da pura experiência passiva.

5.2. Presciência do obstáculo como previsão da reação.

5.3. Prever é prescrever, olvidando intervalos de ócio, cansaço. Isolar centros.

II

1. Secundariedade da extensão do tempo: cooperações abreviam tempo de execução.

1.1. Acréscimo em profundidade, intensidade, coincidências reguladas.

1.2. Inversa entre extensão psicológica e plenitude: o pleno é curto.

1.21. Substituição do critério da duração pelo da densidade e riqueza.

1.22. Cadência de repouso e ação: tempo normal. Repouso imperfeito: tempo longo.

2. Continuidade, ato secundário, esforço, adição.

2.1. Duração é dificuldade crescente.

3. Vontade clara: esforço, potência de síntese, seqüência de atos suplementares.

III

1. O espírito talvez seja essencialmente um fator de começos.

2. Janet: começo majestoso, pedra fundamental, inaugura a duração, mas não a integra.

3. Primitivos: ausência de introdução e encerramento.

4. Primazia do tempo ou duração desejado, pensado: o apito é que move o trem.

4.1. A vida consciente é igualmente uma atividade de sinais. Uma intuição clara é uma ordem.

5. Élan: excesso de força, falta de economia que se distribui na seqüência.

5.1. Paradoxo: élan apassiva, seduz a se deixar levar. Elude uma duração e a impede.

5.11. Subtração das repetições, da liberdade dos começos, do agrupamento dos instantes

IV

1. Distância entre começo (ensinável) e mudança (sugerível).

1.1. Janet: confissão do ignoramibus da conduta da mudança.

1.11. Rechaço da sensação de mudança: apreensão estática do fluxo?

1.12. Mudança e sentimento: quase sempre tristeza ante desaparição.

1.13. A alma põe a confusao de seus sentimentos sob as determinções descontinuas do espírito. Melancolia e outono.

1.14. Sentimento como regulação da ação.

V

1. Conduta do nada: condutas adiadas.

1.1. Memória como faculdade social de adiamento. Homem sozinho é amnésico.

1.2. Paradoxo: lembramos mais o que associamos ao sucedâneo, não ao precedente.

1.3. recordação não datada: devaneio.

1.4. Pensamento social: futuro.

2. Espera: criação de lugar para a recordação.

2.1. Chegada: novidade, surpresa. Satisfação e frustração.

2.11. A mulher esperada aparece mais bela.

2.2. Amor profundo: dialética dos instantes e dos intervalos.

2.3. “As grandes recordações são assim o desfecho do drama de um dia, de uma hora. 2.31. São a recompensa de uma recusa prévia a viver outra coisa além do que aquilo que se deseja.

2.32. É adiando as ações medíocres, obstinando-nos em prever o imprevisível, que nos preparamos para ser ricamente contraditados pela felicidade.

2.33. Contradizendo-nos, o acontecimento se fixa em nosso ser.

2.34. A assimilação dialética é a própria base da fixação de nossas recordações.

2.35. Não há memória acidental sem um drama inicial, sem uma surpresa dos contrários.”

3. Memória intelectual: igualmente localizada.

3.1. Percepção da duração proporcional ao numero de projetos.

3.2. Bens verdadeiros: referíveis ao futuro. Adiáveis. Amanhã será melhor.

4. Janet: o que criou a humanidade foi a narração, não a recitação.

4.1. Composição, não repetição.

5. Aperfeiçoamento da memória no silêncio: o ensaio da história a ser contada.

6. O absolutamente inclassificável é imemorizável.

6.1. Epilepsia: ataque incapacita ato de memória.


7. Narração, não descrição. 

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