Gerd Bornheim - Dialética: Teoria e Práxis 3 - A origem metafísica da Dialética e a crise da Metafísica

Feitas as suas considerações iniciais, a primeira tese crucial defendida por Bornheim em seu estudo é a da ‘origem metafísica da dialética’.

A Metafísica, neste caso, é compreendida não como uma disciplina filosófica ao lado de outras, mas como uma espécie de pensamento com características próprias.

Por mais que os diversos sistemas metafísicos difiram imensamente entre si, Heidegger propõe que toda metafísica interpreta a realidade total, interpreta o todo do ser, a partir da perspectiva de um ente fundamental o supremo, que colore o todo do ser.

Assim, por exemplo, Platão ao interpretar o ser como Idea, Aristóteles como energeia, Descartes como res, etc, seriam exemplos de pensadores metafísicos.

A Dialética seria metafísica por partilhar visceralmente da referência a um ente fundamental. Mas, qual seria ele?

A obra de Bornheim se dedicará a esta questão. Em todo caso, atente-se para o que ele indica de saída: a crise atual da metafísica. Como será que esta crise afeta a Dialética? A Dialética caducaria junto com a metafísica, caso esta venha a ser superada? Ou se abriria, com isto, a possibilidade para uma fundamentação mais radical da Dialética? É possível pensar numa Dialética ontológica?


Acompanhe-se o restante da obra para pensarmos, junto com o nosso autor, uma resposta possível a isto. 

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